Atualmente, enfrentamos diferentes ameaças à saúde pública global, sendo que, neste contexto, as doenças metabólicas (p.ex.: obesidade, diabetes mellitus, osteoporose, doença hepática gordurosa não alcoólica, hiperuricemia, entre outras) merecem destaque.
O aparecimento e progressão destas doenças podem resultar, entre outros fatores, da inadequação do consumo, por excesso ou défice, de determinados micronutrientes (p.ex.: vitaminas, minerais, fitoquímicos), que desempenham um papel central no metabolismo e na manutenção do normal funcionamento de diversos sistemas do corpo (p.ex.: digestivo, cardiovascular, imunológico, entre outros).
O metabolismo consiste num conjunto de reações químicas que ocorrem ao nível celular, resultando no fornecimento de energia ao corpo, geralmente sob a forma de trifosfato de adenosina (ATP).
O corpo necessita de um fornecimento contínuo de ATP, tanto nos períodos de atividade como em repouso, de forma a assegurar processos metabólicos vitais.
A promoção de um normal funcionamento metabólico é fulcral para a garantia de uma vida saudável, razão pela qual se torna relevante conhecer os fatores que, de forma isolada ou combinada, o podem condicionar. Assim, fatores intrínsecos como o sexo, a idade e a genética, e extrínsecos como a alimentação, o exercício físico, os xenobióticos e o ambiente, podem influenciar o metabolismo de nutrientes.
Como já referido, os micronutrientes estão implicados em várias vias metabólicas, atuando como cofatores ou coenzimas do metabolismo, como antioxidantes e como reguladores genéticos, por exemplo, pelo que a adequação da sua ingestão deve ser assegurada. De uma forma global, as recomendações internacionais de ingestão de micronutrientes da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) estabelecem valores abaixo dos quais existe risco de deficiência clínica e acima dos quais há risco de toxicidade.
Através de uma alimentação equilibrada, completa e variada, é possível satisfazer as necessidades diárias de ingestão da maioria dos micronutrientes. Contudo, a suplementação de determinados micronutrientes, de forma complementar à alimentação diária, pode beneficiar grupos-alvos específicos, que apresentem necessidades aumentadas, ingestão inadequada ou dificuldade de absorção de micronutrientes, pelo que a sua toma deve ser sempre acompanhada por um profissional de saúde.
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